quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A PEQUENA ALMA E O SOL...Uma mensagem para relembrar QUEM SOMOS...

| "A pequena Alma e o Sol", de Neale Donald Walsch |♥| Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus: — Eu sei quem sou! E Deus disse: — Que bom! Quem és tu? E a Pequena Alma gritou: — Eu sou Luz E Deus sorriu. — É isso mesmo! — exclamou Deus. — Tu és Luz! A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir. — Uauu, isto é mesmo bom! — disse a Pequena Alma. Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus (o que não é má idéia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É) e disse: — Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo? E Deus disse: — Quer dizer que queres ser Quem já És? — Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! — respondeu a pequena Alma. — Mas tu já és Luz — repetiu Deus, sorrindo outra vez. — Sim, mas quero senti-lo! — gritou a Pequena Alma. — Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira — disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou. — Há só uma coisa... — O quê? — perguntou a Pequena Alma. — Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares- te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas. — Hã? — disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa. — Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. Não seria um sol sem uma das suas velas... E isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E, no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz — eis a questão. — Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! — disse a Pequena Alma mais animada. Deus sorriu novamente. — Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão — disse Deus. — O que é a escuridão? — Perguntou a Pequena Alma. — É aquilo que tu não és — replicou Deus. — Eu vou ter medo do escuro? — choramingou a Pequena Alma. — Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir. — Ah! — disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor. Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exatamente o oposto. É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é — disse Deus. — Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, — continuou Deus — quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão. Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial! — Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? — perguntou a Pequena Alma. — Claro! — Deus riu-se. — Claro que podes! Mas lembra-te de que “especial” não quer dizer “melhor”! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial! — Uau — disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. — Posso ser tão especial quanto quiser! — Sim, e podes começar agora mesmo — disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma. — Que parte de especial é que queres ser? — Que parte de especial? — repetiu a Pequena Alma. — Não estou a perceber. — Bem — explicou Deus —, ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial? A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento. — Conheço imensas maneiras de ser especial! — exclamou a Pequena Alma — É especial ser prestativa. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros. — Sim! — concordou Deus — E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz. — Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! — proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. — Quero ser a parte de especial chamada “perdão”. Não é ser especial alguém que perdoa? — Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma. — Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar- me assim — disse a Pequena Alma. — Bom, mas há uma coisa que devias saber — disse Deus. A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente.Parecia haver sempre alguma complicação... — O que é? — suspirou a Pequena Alma. — Não há ninguém a quem perdoar. — Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido. — Ninguém! — repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta. Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados — de todo o Reino — porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer. Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar. Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas. — Então, perdoar quem? — perguntou Deus. — Bem, isto não vai ter piada nenhuma! — resmungou a Pequena Alma — Eu queria experimentar- me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial. E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste. Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse: — Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te — disse a Alma Amiga. — Vais? — a Pequena Alma animou-se. — Mas o que é que tu podes fazer? — Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares! — Podes? — Claro! — disse a Alma Amiga alegremente. — Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares. — Mas por quê? Porque é que farias isso? — perguntou a Pequena Alma. — Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal? — É simples — disse a Alma Amiga. — Faço-o porque te amo. A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta. — Não fiques tão espantada — disse a Alma Amiga — tu fizeste o mesmo por mim.Não te lembras? Ah, nós já dançamos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançamos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincamos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau — fomos ambas a vítima e o vilão. Encontramo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos. E assim, — a Alma Amiga explicou mais um bocadinho — eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a “má” desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar- te como Aquela Que Perdoa. — Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? — perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa. — Oh, havemos de pensar nalguma coisa! — respondeu a Alma Amiga, piscando o olho. Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma: — Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes? — Sobre o quê? — perguntou a Pequena Alma. — Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca... — Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! — Exclamou a Pequena Alma, que começou a dançar e a cantar: — Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar! Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta. — O que é? — perguntou a Pequena Alma. O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim! — Claro que esta Alma Amiga é um anjo! — Interrompeu Deus — São todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos. E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga. — O que é que posso fazer por ti? Perguntou novamente a Pequena Alma. — No momento em que eu te atacar e atingir, — respondeu a Alma Amiga — no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento... — Sim? — interrompeu a Pequena Alma — Sim? A Alma Amiga ficou ainda mais quieta. — Lembra-te de Quem Realmente Sou. — Oh, não me hei de esquecer! — gritou a Pequena Alma — Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora. — Que bom, — disse a Alma Amiga — porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos. — Não vamos, não! — prometeu outra vez a Pequena Alma. — Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva — a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou. E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão. E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível. E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza — principalmente se trouxesse tristeza a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito. "Lembra-te sempre — Deus aqui tinha sorrido — não te enviei senão anjos." ♥ Lembremo-nos ♥

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