Mandala de Vidro - 22cm de diâmetro
Mandalas de CD"s
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
POEMA DO PROFESSOR HERMÒGENES
"SE"
"Se, ao final desta existência, alguma ansiedade me restar e conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito no conflito, na discórdia...
Se ainda ocultar verdades para ocultar-me, para ofuscar-me com fantasias por mim criadas...
Se restar abatimento e revolta pelo que não consegui possuir, fazer, dizer e mesmo ser...
Se eu retiver um pouco mais do pouco que é necessário e persistir indiferente ao grande pranto do mundo...
Se algum ressentimento, algum ferimento impedir-me do imenso alívio que é o irrestritamente perdoar, e, mais ainda, se ainda não souber sinceramente orar por quem me agrediu e injustiçou...
Se continuar a mediocremente denunciar o cisco no olho do outro sem conseguir vencer a treva e a trave em meu próprio...
Se seguir protestando reclamando, contestando, exigindo que o mundo mude sem qualquer esforço para mudar eu...~
Se, indigente da incondicional alegria interior, em queixas, ais e lamúrias, persistir e buscar consolo, conforto, simpatia para a minha ainda imperiosa angústia...
Se, ainda incapaz para a beatitude das almas santas, precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende...
Se insistir ainda que o mundo silencie para que possa embeber-me de silêncio, sem saber realizá-lo em mim...
Se minha fortaleza e segurança são ainda construídas com os materiais grosseiros e frágeis que o mundo empresta, e eu neles ainda acredito...
Se, imprudente e cegamente, continuar desejando adquirir, multiplicar, e reter valores, coisas, pessoas, posições, ideologias, na ânsia de ser feliz...
Se, ainda presa do grande embuste, insistir e persistir iludido com a importância que me dou...
Se, ao fim de meus dias, continuar sem escutar, sem entender, sem atender, sem realizar o Cristo, que, dentro de mim, Eu Sou,
Terei me perdido na multidão abortada dos perdulários dos divinos talentos,
Os talentos que a Vida a todos confia,
E serei um fraco a mais,
Um traidor da própria vida,
Da Vida que investe em mim,
Que de mim espera eque se vê frustrada diante de meu fim.
Se tudo isto acontecer
Terei parasitado a Vida
E inutilmente ocupado o tempo e o espaço De Deus.
Terei meramente sido vencido pelo fim, sem ter atingido a Meta."
Professor José Hermógenes
Mantra: OM TARA TUTTARE TURE SOHA
OM TARE TURE SOHA
OM: Contém três sons: ah, oh e mm, e significa as imensuráveis qualidades dos corpos, da fala e das mentes dos seres iluminados.
Tare: "Aquela que liberta."
Tuttare: "Que elimina todos os medos."
Ture: "Que concede todo o sucesso."
Soha :por si mesmo significa "Possam as bênçãos de Tara que estão contidas no mantra om tare tuttare ture se enraizarem nos nossos corações."
A prática de Tara Verde ajuda a superar o medo e a ansiedade, mas os devotos acreditam também que pode conceder desejos, eliminar o sofrimento de todos os tipos e trazer felicidade.
Fonte: Anjo de Luz
terça-feira, 9 de agosto de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
QUEM É VOCÊ? MOOJI
Quem é você?
Pergunta: Mooji, você sempre lança a pergunta “Quem é você?” na nossa cara… Então, agora eu lhe pergunto: “Quem é você?”
Mooji: Eu sou o atemporal, o imutável, o Real.
P: De onde você veio?
M: De lugar nenhm.
P: Mas você está aqui!
M: Sim, sempre assim.
P: Por que você veio?
M: A pergunta “por que?” é irrelevante. Eu nunca vim, eu nunca irei; eu sou a existência além de qualquer razão ou causa; Eu Sou, além da mente e de seu mundo, assim como você.
P: Mas eu posso vê-lo, sentado aqui perante mim!
M: Sim, antes de “mim”, eu sou. O que você vê não é o que eu sou.
P: Eu não entendo…
M: Você não pode entender a Verdade, você pode apenas conhecê-la, realizando que você é a própria Verdade. Não pense que a mente o ajudará. O papel dela é lhe confundir, é provocar dúvidas em você – um trabalho que ela faz muito bem. [Risadas]
A única coisa é que ela precisa da sua cooperação para enganá-lo – um trabalho que você faz muito bem [Risadas]
É um jogo, e é por isso que é chamado de leela - o jogo de Deus. É a sua própria Maya brincando com você.
Pensamentos vêm e vão; o Ser, não. Você testemunha os pensamentos. Você é a tela imutável na qual os pensamentos são percebidos, e você é quem os percebe também – essa é a charada da existência.
Enquanto você se identificar com a mente-ego, você não percebe o óbvio – a sua própria presença sem forma.
P: Como eu posso encontrar esta presença da qual você está falando?
M: Ela não pode ser “encontrada”. Ela apenas é, e você já é isso. Pode você traçar uma linha entre você e o Ser? Encontre primeiro aquele que tenta encontrar alguma coisa, e então veja se ainda existe algo para encontrar.
P: Mas, na verdade, eu não sei o que é “presença sem forma”!
M: Claro que você não sabe! Ela também não pode ser “conhecida”. Quem é que está buscando? O que é isso que quer saber?
P: Eu!
M: Certo, e o que é “eu”? Apresente-se.
P: Tudo isso: meu corpo, minha mente, meus pensamentos, desejos também, minha alma…
M: Quem ou o que diz isso? Quem vê isso? Antes que elas alcançassem sua boca, de onde é que essas palavras emergiram? Você me dá uma lista de coisas, você diz: “meu” corpo. Eu digo: corpo de quem? Ele lhe pertence, assim como o seu carro ou suas roupas? Você também diz: “minha mente”, não diz? Significando que é sua, não você. Até mesmo “minha alma” – você diz: “minha alma está se deleitando” ou “minha alma estava pesada com mágoas…”
A alma está mudando; você permanece por trás, você testemunha o que acontece m sua alma. Então, quem é você?
P: Eu, eu mesmo…
M: Anterior aos pensamentos e às palavras, anterior ao seu surgimeto, aquilo que nem os precede nem os segue – o que é aquilo?
Não toque neste “eu”. Isso é apenas uma palavra, apenas um conceito. Olhe. Não pense. Permaneça em silêncio. Observe.
P: Nada… Eu vejo absolutamente nada!
M: ”Nada” (No thing) está correto. “Nada” querendo dizer sem forma, além da forma, além do tempo. Você não é uma “coisa”; como poderia ser? Qualquer coisa, mental ou física, aparece, flutua ou se move, através da sua consciência. E nós somos a testemunha desta consciência, do seu conteúdo e atividade. Você pode confirmar isso?
P: Sim… sim… então eu sou o mesmo que você?
M: Sim. Apenas remova o pensamento “o mesmo que”.
P: Eu sou você.
M: Sim. [Pausa] E que tal apagar o “você”? Você pode fazê-lo?
P: [Longo silêncio]
M: Quando você disse “eu sou você”, a palavra “você” se refere a Mooji? Você se refere a este corpo sentado nesta cadeira? [Mooji sacode seu corpo como se fosse um boneco] Este corpo é Mooji? Quem é Mooji?
Este corpo não é diferente daquele corpo ou todos os outros corpos [apontando para as pessoas na sala]. Ele é feito dos elementos e é comida elementar. Os vermes ou o fogo estão esperando por ele. É isto que você é?
Muitos místicos dizem estas coisas: “Tudo é Um, Eu sou você, você é eu, sem diferença…”. Mas se não é a sua experiência, são apenas palavras para você, palavras vazias, e isto pode ser sentido imediatamente. É melhor não dizer nada, ficar quieto.
Então, novamente, o que é você?
P: Eu sou.
M: Sim, muito bem. Agora solte o “eu sou”.
[Longo silêncio]
P: Quem é que vai apagar/soltar o “eu sou”?
M: Você é que me diz!
[O questionador sorri]
P: Se eu não sou nada, então nada apaga coisa nenhuma, o apagar acontece.
M: De fato. Muito verdadeiro. Agora, nem se preocupe com “apagar” e “acontecer”. Não pegue nenhuma arrogância. Não pegue nenhuma ideia. Não pegue absolutamente nada.
Fim…
Anthony Paul Moo-Young, conhecido como Mooji é um grande estudioso do Advaita Vedanta.
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