ASTEYA (Não roubar)
Nos oito passos de Patãnjali,Yamas é o primeiro. Os Yamas são em número de cinco, sendo eles: Ahimsa (Não violência), Satya (Verdade), Asteya (Não roubar), Bramacharya (Conservação de energia), Aparigraha (Não apego). Hoje, nosso tema é ASTEYA (não roubar). Segundo o dicionário Aurélio, roubar significa: “assenhorear-se ou apoderar-se de”. Na filosofia do yoga, Asteya tem um sentido mais abrangente. Significa ter somente o necessário, isto implica a não cair na teia do consumismo. Somos bombardeados todos os dias por propagandas, out door, moda, etc.. Isso tudo nos leva a querer mais e mais para satisfazer o vazio interior. Acaba o fascínio do novo e lá vamos nós de novo no último degrau buscando a satisfação com “coisas” que nunca poderão preencher o espaço interior e a desilusão toma formas significativas na nossa vida. Quantas vezes você já se flagrou indo comer ou fazer compras para espantar a tristeza? No momento você até pode esquecer o motivo da dor, sentir “momentos” de alegria, mas logo a verdade está ali, diante de você , para ser trabalhada, e mais uma vez você tenta fugir dela. Asteya também significa não roubar de nós mesmos. Mas como podemos roubar de nós mesmos? Muito simples. É tirar de você as oportunidades que a vida oferece de crescer como ser humano, de evoluir nesse processo, nessa jornada. É tirar de você a oportunidade de conhecer a sua verdade, de saber quem é você , de saber para onde você vai. É fugir de você mesmo e a exemplo do citado acima, vem o problema e você foge dele ao invés de encarar, aprender e não cair de novo. Fugindo dele, você não aprende e a situação vai voltar tantas vezes e de várias formas que for necessário para que você possa aprender e não retornar a ela. Nossos condicionamentos, nossa avidya (ignorância), nossos valores, muitas vezes impedem que nos conheçamos, isso é asteya, é roubar de nós mesmos as oportunidades de dissolver o véu da ilusão e vermos as coisas realmente como são.
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