quarta-feira, 28 de julho de 2010

RESPIRANDO PELAS NARINAS


Antes de falarmos de prana e pranayama é importante falarmos um pouco sobre a respiração. Todos respiramos, constantemente, porém poucos sabemos sobre isso e muito menos tomamos consciência desse fenômeno natural e vital.



Como diz André em seu livro Pranayama Muito Além da Respiração: “Você pode viver respirando pela boca, mas não pode viver bem fazendo isso.” Especialistas tem estudado os efeitos da respiração bucal e suas possíveis consequências. Entre os mais evidentes que podem ocorrer podemos citar: danos na estrutura facial deixando a face mais alongada, síndrome da dispnéia do sono, a pressão exercida na caixa craniana pode ser um grande causador de cefaléia tensional, alteração da arcada dentária,seios nasais desalinhados, força a coluna vertebral, enfraquece o diafragma, entorta os lábios para um lado, enfraquece o sistema imunológico, produz ressecamento na narinas e vias aéreas.



As narinas tem um desenho perfeito para que o ar ao entrar seja filtrado (os pelos retém as impurezas) e também seja aquecido. O ar é conduzido por um caminho sinuoso e nesse trajeto o ar recebe calor para chegar aos pulmões com a temperatura ideal. Esse calor é recebido através da mucosa que é fortemente irrigada, essa mucosa perde a umidade e calor, porém ao exalar, o ar que agora sai mais quente e úmido refaz o ambiente ideal dessa mucosa para a próxima inalação onde recomeça o processo da respiração.



No livro Pranayama Muito além da Respiração André cita:



“A respiração pela boca é tão prejudicial que o problema já tem até um nome: é a Síndrome do Respirador Bucal. Essa respiração provoca má postura da cabeça e do pescoço produzindo o estiramento dos músculos raquidianos e tirando a posição normal das vértebras cervicais, produzindo alterações vasculares. Fora isso, o mau posicionamento das mandíbulas produz um estiramento constante dos temporais, levando a uma tensão exagerada nessa região causando um tipo de cefaléia tensional que envolve vários grupos musculares como os ombros, pescoço, couro cabeludo e principalmente a face.”



Esses argumentos já bastam para compreender o quanto é importante a respiração nasal e não bucal. No yoga são raras as ocasiões que respiramos pela boca (existem alguns pranayamas com o objetivo de purificação).

Fonte:
Rose,Andre de. Pranayama, Muito além da Respiração, Editora Rigel,2007
Blay, Antonio. Fundamento é Técnica do Hatha Yoga, Editora Loyola, 1977
Le Page, Joseph e Lilian. Apostila do curso de Prana, Pranayama e Mudras. Garopaba.SC

OS KOSHAS


Koshas significa corpo, invólucro, dimensão, camada. No yoga falamos de cinco koshas. Corpos esses, não separados, mas integrados, interdependentes. São eles:



1º - Annamayakosha:



Anna = Matéria, Comida        Maya= Constituído de                Kosha: Corpo



Este é o corpo constituído de matéria, o nosso corpo físico. É nesse corpo que podemos através dos sentidos ter diferentes experiências. É o corpo mais fácil de perceber, pois podemos tocar, ver, apalpar. Ao nos posicionarmos num ásana (postura) colocamos o corpo numa forma determinada. Tônus muscular, posição das articulações, posição da coluna, dos ossos, da cabeça. Vamos tonificando , fortalecendo, alongando. Cuidamos do corpo com amorosidade, pois ele é um templo. Precisamos da harmonia entre os sistemas para que o todo (microcosmos) esteja em ordem (saúde), afastando-nos do caos (doença). A homeostase é imprescindível para a harmonia do todo.




2º – Pranamayakosha:



Prana: Energia vital          Maya: Constituído de            Kosha: Corpo



Este é o corpo de energia. É um corpo mais sutil que o físico. Não podemos tocar, apalpar, mas podemos senti-lo através da respiração no próprio corpo denso e na mente.



Algumas ocasiões podemos olhar para uma pessoa e ver nela a falta de vitalidade ou o vigor (falta ou presença de energia). Através da consciência respiratória vamos aperfeiçoando a percepção desse corpo. Ao respirar estamos movendo a energia (prana) através dos canais que a conduzem (nadis). Através dessa percepção afinada que temos consciência dos movimentos dos ventos internos (vayus) que são cinco: Apanavayu, Pranavayu, Vyanavayu, Samanavayu, Uddanavayu (assunto a ser tratado em outro artigo). É no corpo energético que podemos harmonizar os chakras (rodas de energia que absorvem e distribuem energia ) sentindo seus efeitos no corpo físico e mental/emocional, pois sabemos da interdependência de todos os koshas. A expressão de que a respiração é a ponte entre o corpo físico e a mente explica muito essa relação. A energia que alimenta e harmoniza cada centro de energia regula e harmoniza cada glândula, sendo que esta última regula diferentes sistemas, órgãos do corpo físico. A função glandular harmônica, determina um corpo sadio e mais que isso, uma mente equilibrada e harmoniosa, pois cada parte do corpo físico, cada chakra está relacionada a diferentes aspectos da vida.



3º - Manamayakosha:



Manas: Mente inferior        Maya: Constituído de            Kosha: Corpo



Essa é a mente que precisamos todos os dias desde que levantamos, para lembrar que precisamos escovar os dentes, nos alimentar, ir ao trabalho, levar os filhos para escola, lembrar de nossas obrigações e afazeres. Este é o corpo que faz derramar lágrimas de emoção quando o(a) filho(a) canta aquela canção de dias das mães. Que faz rir quando a gente vê a nossa gatinha brincar e se encher de nós com o novelo da lã.



Essa é uma dimensão importante para preservação da vida nesse corpo denso. É nesse corpo sutil que se originam as emoções e pensamentos. Os pensamentos e emoções, na maior parte dos seres humanos, são condicionados a partir das crenças as quais nos submetemos no decorrer de nossa existência. Nascemos perfeitos, completos, unidos à fonte. À medida que os anos passam vamos nos afastando da fonte, distorcendo a visão de nós mesmos. Perdemos a identificação de quem Somos e começamos a criar a identificação do “eu”, um nome, uma profissão, um relacionamento. Experiências vão acontecendo e vamos, a partir das crenças, alimentando esse “eu” mais e mais e nos distanciamos mais e mais da Fonte. Para entender melhor, imaginemos uma pessoa que tem um padrão de vítima. Essa pessoa, em cada situação de desafio reforça esse papel se colocando numa posição de “coitadinho” esperando a ajuda de terceiros para sair da situação, pois ele, com sentimentos de fragilidade e impotência aflora a compaixão, a atenção de outros, situação que o deixa cômodo frente às dificuldades. Experiências são importantes sim. Elas vem para nos fazer crescer e desenvolver durante essa existência e não para reforçar um papel que não é nosso. Porém, na maioria das vezes jogamos fora a oportunidade de olhar para nós mesmos e descobrir o verdadeiro EU, ligado a fonte e por isso livre de todo sofrimento e dor (moksha – Libertação) objetivo do Yoga.



4º - Vijnanamayakosha –



Vijnana: Mente Superior         Maia: Constituído de             Kosha: Corpo



É um corpo mais sutil ainda. É também é chamado Corpo do Observador Interno, ou Corpo Testemunha. É esse aspecto de nosso ser que observa o corpo físico, o corpo de energia, o corpo mental emocional. É como se ele estivesse no alto de uma montanha olhando tudo com uma visão ampla e completa. É o corpo de não se apega, não julga, não rejeita. É um ponto chave na vivência do yoga para atingir o autoconhecimento. O observador interno pode nos mostrar ou trazer à consciência um padrão de pensamento que temos, como por exemplo: Não consigo, não posso... O observador permite a liberdade através da transformação em nós mesmos. Porém, se o observador está adormecido, esses padrões permanecem e continuamos a alimentar esse padrão que nos prende a mais sofrimento. Durante a prática de yoga o observador interno deve estar sempre ativado para atingir o autoconhecimento. No exemplo da prática de asanas (3º anga) se o corpo testemunha não está atento, o asana é apenas um exercício físico. É nesse corpo que acolhemos o que vem à tona. É a tomada de consciência que permite o eu limitado ser o EU ILIMITADO.



5º Ananadamayakosha



Ananda: Bem aventurança        Maia: Constituído de            Kosha: Corpo



A natureza desse corpo é “felicidade plena”. É o sentimento de completude, de plenitude, que vamos sentindo e aprofundando na prática do yoga. É um estado em que nada de fora interfere. Não dependemos de nada que é externo. Ao estarmos numa forma, podemos chegar a ser a forma, e nesse momento sentimo-nos completos, nada nos falta. Pode ser um lampejo dessa sensação, mas estamos experimentando a natural existência do nosso Ser. Quanto mais praticamos, quanto mais estamos presentes, mais esse lampejo se torna a realidade em nosso dia a dia.



Fonte: 
Apostila de Formação de Yoga, Yoga Integrativa, Garopaba-SC






















terça-feira, 20 de julho de 2010

TAPAS 3º Nyama



Tapas é o calor gerado na prática. É o fogo do yoga que purifica, queima as impurezas do corpo e da mente. Tapas é o esforço, a dedicação, a persistência do sadhana (ascese espiritual). O calor de tapas purifica o corpo físico e também fortalece a mente. A força e estabilidade mental nos permite enfrentar as adversidades da vida de maneira firme, sem cair em descontrole. Permanecemos estáveis, completos, inteiros, enfrentamos a situação reconhecendo que tudo o que nos acontece nos remete a um aprendizado e aperfeiçoamento do ser, aprendemos com a experiência e damos passos à frente nesse caminho.

É no calor da prática com auto-esforço que aprendemos como nos portar nas experiências do dia a dia. Mantemos a estabilidade e conforto na postura, geramos calor, mas ficamos serenos, tranqüilos, respirando e observando. É assim que vamos estar nas adversidades do dia a dia.

Porém, não iremos desenvolver e aprimorar se não mantivermos uma constância na prática. Quanto mais disciplina e dedicação, mais purificação, mas fortalecimento no corpo e na mente. Descobrimos uma força interior latente que vai aflorando e a regularidade da prática com dedicação, permite a dissolução das impurezas. Damo-nos conta disso nas nossas atitudes do dia a dia, pois nos flagramos agindo de maneira mais centrada e equilibrada diante de uma situação que antes nos fazia perder o controle das emoções nos desequilibrando, desarmonizando e até nos acometendo doenças físicas.

sábado, 17 de julho de 2010

YOGA PARA CRIANÇAS - GRATUITO

Yoga para crianças é vivenciado de forma lúdica. É  a livre e espontânea expressão da criança. O objetivo essencial é a busca do equilíbrio e da harmonia com disciplina, que forma uma base para a vida adulta alegre e saudável.

YOGA PARA CRIANÇAS GRATUITA

Local: ESPAÇO SHIVA YOGA - Barão do Rio Branco 900 D
Horário: Sextas-feiras  das 10:00h às 11:00 h
Professora especialista em yoga para crianças

sexta-feira, 16 de julho de 2010

YOGA E O SISTEMA IMUNOLÓGICO


Se você olhar ao seu lado, poderá observar no seu círculo de convívio que algumas pessoas (ou até você mesma) estão constantemente com um problema ou outro. Também vai observar que existem pessoas que embora dividem o mesmo ambiente com pessoas doentes, raramente estão com problemas de saúde. Por que isso acontece? Um dos motivos das pessoas adoecerem é o desequilíbrio entre dois fatores muito importantes: Sistema Imunológico e Emoções/Pensamentos. Pessoas com esse sistema equilibrado raramente adoecem. São pessoas não-estressadas, de bom humor, de bem com a vida, alegres, com livre expressão das emoções, assim sendo, conseguem administrar os problemas com mais fluidez. Já, as pessoas num estado mental de tristeza, raiva, mágoa, ressentimento, tem grande dificuldade de lidar com os menores problemas, sentindo que tudo é um peso na sua vida. Normalmente isso vê-se refletido no seu físico, com ombros caídos, cabeça baixa ao caminhar. A maneira de encarar a vida,  de ver a si mesmo, ver os outros e o mundo, afeta de maneira significativa o Sistema Imunológico.

Vale a pena entender como esse processo funciona. O Sistema Imunológico é responsável em reconhecer tudo o que é estranho ao seu corpo e defendê-lo, evitando que a doença se instale. Esse sistema (baço, nódulos linfáticos, medula, algumas células brancas) para trabalhar com eficiência precisa do equilíbrio entre o Sistema Nervoso e o Sistema Endócrino. Então perguntamos: como as emoções e os pensamentos desequilibrados podem afetar o Sistema Imunológico? Segundo estudiosos do assunto, os neuropeptídeos que transportam pensamentos e emoções também controlam o trajeto das células brancas no organismo, células que fazem a defesa contra invasores. Esses neuropeptídeos se prendem aos receptores das células do nosso corpo. Para entender melhor: a norepinefrina é um hormônio produzido no organismo quando a pessoa esta feliz, cheia de energia e esse hormônio se prende aos mesmos receptores celulares em que se prende o vírus do resfriado, por exemplo. Isso explica porque quando estamos felizes, de bem com a vida é mais difícil resfriar e porque o contrário é verdadeiro. Quando estamos tristes, a produção de norepinefrina diminui e, conseqüentemente mais receptores celulares livres para o vírus se ligar, se reproduzir e provocar a doença.

Já falamos da reação “lutar ou fugir” em outro artigo, Pessoas que estão constantemente em estado de alerta (estressados) não dando tempo para o corpo relaxar, emitem mensagens de perigo ativando o sistema nervoso simpático diminuindo assim a circulação e a energia dos sistemas não-importantes para a luta, ou seja, sistema digestivo, reprodutor e imunológico, que passam a trabalhar de forma mais lenta. Nessas pessoas, as supra-renais trabalham em alto potencial para liberar adrenalina no corpo sobrecarregando essa glândula. Isso tudo propicia uma porta aberta para bactérias e vírus se instalarem com mais facilidade.

E o Yoga? Como pode ajudar nesse processo? O Yoga equilibra corpo-mente-espírito, vê o homem de forma holística. Os benefícios são inúmeros, porém, abordaremos de forma resumida os benefícios mais específicos em relação ao problema em questão:

 As posturas (ásanas), propiciam entre muitos benefícios a melhora da circulação, fato importante para uma boa ação do Sistema Imunológico. As invertidas são as mais benéficas para isso.

 O Timo é uma glândula localizada no centro do peito, importante pela ação na imunidade e está diretamente relacionado às emoções que sentimos. Seu nome em grego, thymos, significa energia vital. O timo aumenta de tamanho quando estamos felizes, diminui quando estamos tristes ou estressados. As posturas de retroflexões ou extensões abrem o peito, projetam o esterno para frente massageando o timo e harmonizando o chakra Anahata (cardíaco) permitindo o fluir do prana nessa região. Mais energia, timo trabalhando no máximo de sua eficiência.

 As posturas de ante flexão acalmam o Sistema Nervoso Simpático, trazendo a “trégua” que o corpo precisa para se recuperar, restabelecer, e trazer o equilíbrio do Sistema Imunológico. Também ajudam a recarregar as supra-renais evitando sua exaustão na situação crônica de estresse pela produção exagerada de adrenalina.

 Com as técnicas respiratórias (pranayamas) podemos alterar conscientemente funções antes consideradas autônomas, como por exemplo, o ritmo cardíaco. Isso propicia ao praticante de yoga ter esse domínio em situações de estresse no seu dia a dia, aprendendo a passar pela situação de forma não-tensa. Enviando mensagem que o “perigo” passou, ativando assim o Sistema Nervoso Parassimpático, relaxando o corpo.

 Praticar yoga ajuda a abrir o coração, amar a si mesmo (aceitar-se), amar aos outros (aceitando-os), amar a vida e aceitá-la como é. Expandir as fronteiras do coração é expandir o sentimento de amor, alegria, compaixão e perdão. Com certeza, com esses tipos de sentimentos viveremos melhor.

Avalie seu estilo de vida, se você se flagra freqüentemente com a respiração ofegante, com os maxilares presos. É hora de mudar sua postura diante da vida e de você mesmo. Viver e relaxar. O yoga pode ajudar você nesse processo.




segunda-feira, 12 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

YOGA E ESTRESSE




Estresse, o mal do nosso século. A vida sobrecarregada, a competição desenfreada, situação financeira instável, relacionamentos em crise. Quem nunca viveu esses problemas? De uma forma mais suave ou não todos enfrentamos e vivemos problemas que levam o corpo a se deparar com a reação instintivo animal “lutar ou fugir”. É essa situação que leva o organismo ao estresse.



Qual é o mecanismo fisiológico do estresse? Vale a pena saber um pouco sobre isso. Para facilitar o entendimento vamos comparar o corpo com um carro. O Sistema Nervoso Autônomo é constituído pelo Sistema Simpático e Parassimpático. O SN Autônomo é o motor do carro. O Simpático é comparado com o acelerador, mecanismo acionado no corpo quando uma mensagem chega ao cérebro que ele está em perigo, preparando-o para a luta ou para fuga. O parassimpático é comparado ao freio do carro, prepara o corpo para o relaxamento quando o perigo passa. Quem já não viveu uma situação em que o organismo se depara com uma situação de perigo ou exigência? Quando isso acontece, substâncias químicas são liberadas na corrente sangüínea, como a adrenalina, colocando o corpo em alerta, também o cortisol que ajuda na produção de energia necessária para esse estado de alerta, preparando-o para a luta, (aciona o acelerador do carro). Isso produz uma série de reações no corpo como taquicardia (coração dispara), a mente fica alerta, preparada para o ataque, a circulação se desvia para a musculatura dos membros e para o cérebro, deixando áreas que não são utilizadas para o ataque (como órgãos reprodutores e digestivo, por exemplo) com menos sangue. Quando o organismo fica a maior parte do tempo neste estado, culmina o estresse. O corpo não tem o tempo necessário para se refazer da situação e o sistema físico vai sofrendo deterioração. Importante salientar aqui, o fato de que em situações crônicas de estresse o sangue se desvia de órgãos como sistema reprodutor e digestivo, órgãos não importantes para a luta/defesa, como já citado anteriormente, fato que pode levar a impotência, diminuição da libido e problemas digestivos entre outros. Uma vez passado a fase de perigo ou ameaça detectada pelos sentidos há uma informação para o cérebro onde ocorre a ativação do parassimpático (o freio do carro), ocorre relaxamento de toda a musculatura, o sangue já não se dirige com maior intensidade para músculos e cérebro e sim para o corpo inteiro, o organismo todo entra em estado de letargia, relaxando. Para uma saúde completa no nível fisiológico e psicológico é necessário o equilíbrio dessas duas fases.



Como o Yoga pode ajudar o homem em relação ao estresse? Situações de estresse são inevitáveis no dia a dia, mas o importante é que a pessoa saiba (e tenha consciência desse saber), que ela pode mudar a situação de reação do corpo frente ao desequilíbrio do sistema nervoso que gerencia o estresse. As técnicas de Yoga ensinam ao praticante esse controle, que para a maioria das pessoas parece ser inatingível. Como isso é feito? De várias maneiras. Já é de conhecimento que diferentes técnicas de respiração afetam de maneira diferente o corpo humano. Através do controle consciente da respiração podemos mudar a situação de estresse dando o tempo de relaxamento para os músculos, principalmente do coração, prevenindo enfarte do miocárdio e outros muitos problemas à nível fisiológico, mental e emocional. As posturas chamadas posturas psico-físicas não fortalecem e trabalham apenas o corpo físico, mas abrangem o corpo mental, emocional, energético, de sabedoria e espiritual. As várias técnicas usadas na prática de Yoga trabalham nossos condicionamentos trazidos a nós pelas várias experiências, situações, sociedade, dando-nos uma nova forma de nos ver, de ver os outros, de ver o mundo. Tudo isso ajudando a encarar as situações de estresse com outra perspectiva, não deixando o homem cair no abismo do estresse crônico que, além de afetar o corpo de forma negativa, nos afasta das pessoas, podendo nos levar a depressão e outras doenças.



Enfim, o Yoga abre as portas para o praticante ver tudo com outra perspectiva, inclusive ele mesmo, entendendo da não-separatividade, ou seja, entendendo a Consciência de Unidade e se entregando a ela.



Boa semana e sucesso nessa jornada de autoconhecimento.



Namastê
Rosana